donderdag 27 oktober 2005

rood (vermelho)

em resposta a um comentario.

na holanda nao ha nenhuma crianca que va cinco dias por semana a creche por varias razoes.

i) cultural – parece que nao, mas a holanda ainda e um pais muito tradicional, aqui vejo mais pessoas a ir a igreja do que alguma vez vi em portugal. calvinismo. familia e uma palavra sagrada. a media de criancas por familia chega quase as tres. e muito natural e comum a mulher nao trabalhar ou deixar de trabalhar quando as criancas nascem, dai que a media de idades para o nascimento do primeiro filho ronde os 29 anos. na regiao onde moro os 35. faz-se carreira tem-se a crianca e para-se.

ii) financeira – a creche e exorbitantemente cara. ha poucas creches, listas de espera enormes, a meu ver para manter os precos artificialmente altos. nao se estimula a mulher a trabalhar. quando a economia vai mal, como agora, la vem com umas leis para subsidiar a creche. e blablabla as mulheres tem de trabalhar. a holanda e um dos paises da europa com o numero mais baixo de licenciadas.

os meus filhos vao somente dois dias por semana a creche. porque financeiramente nao podia ser de outra forma. porque dois dias, e agora segurem-se, nos traz uma conta mensal de quatro digitos maior do que a hipoteca da casa.

tudo somado e baralhado, acho optimo que seja assim. arranja-se mais tempo para a educacao das criancas. somos ‘obrigados’ a trabalhar quatro dias por semana e um dia e a vez dos avos. acho que a educacao se faz em casa com os pais, mas tambem acho que ganham valores sociais ao conviverem com outras criancas.

nao sou carreirista mas nao conseguia ser mae a tempo inteiro. os meus filhos nao se traduzem a numeros negativos ao fim do mes e nao ha arrependimentos.

um consolo. aos quatro anos sao obrigados a ir para a escola. a escola e gratuita.

15 opmerkingen:

  1. O que é interessante é que cá não passa pela cabeça das direcções das creches que os Pais possam pagar apenas certos dias, ou só períodos de tempo. Quando pedi na minha empresa para deixar de ir na sexta-feira, (porque sentia que estava pouco tempo com as crianças..) o meu Director ficou a olhar para mim estupefacto, depois do primeiro impacto, expliquei-lhe que a sexta era o dia de fazer trabalho de pc e podia fazer em casa e na fase do trabalho não me parecia ser complicado, disponibilizei-me para ir nas sextas em que fosse necessário por alguma razão e sugeri que me revisse o vencimento, ele pediu-me tempo e depois acordou manter o vencimento desde que eu conseguisse trabalhar em casa (eu acho que ele foi bastante sensível). Na verdade desde que isto começou (2 meses) tive de ir à tarde várias vezes e quando os colegas estão de férias ou há trabalho pendente, como amanhã, lá vou eu! O meu pequenino está tripartido, eu, avó e nana em casa, optei por não pôr na creche, talvez para o ano com 2 a.

    Marta

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  2. Realmente é outra realidade. Não fazia ideia que fosse assim, mas não me parece inteiramente mal.

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  3. não fazia ideia que a coisa funcionava assim... mas agrada-me esse tempo que se pode passar com as crianças... sempre me horrorizou um pouco o que se passa em Portugal de ter de pôr um bebé de poucos meses uma semana inteira na creche...
    só não percebi uma coisa: qual é o tempo da licença de parto?

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  4. a licenca sao os mesmo 4 meses que em portugal, mas obrigatoriamente tem de se parar 6 ou 4 semanas antes. ora o bebe nascem e tecnicamente so se tem 3 meses com o bebe, o que eu acho pouco. a minha 'sorte' fi que a Tessa nasceu duas semanas depois do prazo o que deu para ficar mais tempo no total em casa, mas os mesmos 3 meses com ela. ;)

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  5. marta,
    tens um patrao excelente! e ainda bem que ha pessoas a tomar iniciativa como a tua. um dia por semana trabalhar em casa e optimo para ti e para o pequenino! eu se pudesse tambem so teria posto os meus filhos na creche apartir dos dois anos. mas tal nao foi possivel! mas continuo a frisar que acho a creche importante, fazem muito mais actividades do que eu alguma vez em casa. E sim, aqui a creche paga-se aos dias, ou melhor aos meios dias.dois dias e uma manha, ou so as tardes. e sao flexiveis podes ser trocar os dias ou pedir dias extra. tens uns tantos por ano gratuitos e o resto paga-se a tarifa normal. acho razoavel para o caso de se ter de ir trabalhar extra.

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  6. Pois, por cá é mais o desenrrasca e salve-se quem puder e como puder.

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  7. São mentalidades diferente e culturas diferente.
    Eu sou apologista da mulher trabalhar em part time, infelizmente em Portugal isso não é possível ou muito pouco provavel de acontecer. Depois não existe cresche em part time, se estiver numa cresche tem que se pagar todos os dias da semana, vá ou não vá.

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  8. Pois eu, que adoro a escola onde pusemos a pequena Alice (pouco mais velha que a tua Tessa), adorava poder pagar aos dias, ou aos meios dias. Inicialmente não pensava deixá-la lá, mas a verdade é que trabalho em casa e no mês de Agosto (tinha ela 6 meses) percebi que era impossível tomar conta do bebé, da casa, trabalhar e dormir. Gostava de a deixar lá três dias por semana ou só as manhãs e ver isso reflectido na despesa mensal. Alegra-me, no entanto, o facto de ser uma IPSS, assim o pagamento é escalonado. Assim não estão lá só os meninos dos pais que podem pagar, mas também os que declaram menos no IRS (o quer não quer dizer que ganhem menos, estamos em Portugal).

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  9. É outra maneira de viver. Sabes que cá é bastante violento para a família, para a mãe. Não há part-times e o problema é que há cada vez menos times e um emprego é uma coisa valiosa.
    Eu não trabalho só pelo dinheiro, eu gosto de trabalhar e acho que ficava doida sempre em casa.
    A minha ficou 4 meses comigo e fiz mais dois meses de dias curtos, porque não tinha patrão e geria o meu próprio trabalho. Até agora ela estava em casa, com empregada, e era uma fortuna. Mais de metade do meu ordenado. E nos primeiros 21 meses eu estava sempre a não ir, a tentar trabalhar em casa. A não trabalhar.
    Neste emprego novo tenho um horário regular, 9-5, que em Portugal é visto como uma regalia de funcionário público, um luxo. A maior parte das pessoas sai mais tarde. E já assim eu estou 9-10 horas por dia fora. Todos os dias, já não há gazetas. Acho que ela gosta da escola e tem-se desenvolvido imenso. É um misto da idade e da socialização.
    Eu estive em casa com a minha mãe até aos 6 anos e passei a primeira infância aborrecida.

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  10. A Mrs. Clinton escreveu um livro ha uns anos "It Takes a Village." è um ditado africano que diz que para criar uma criança é preciso a aldeia toda para o fazer. Eu acho que estas a fazer é bom. Infelizemente, a nossa cultura de ter que trabalhar os dois pais( e nem sempre ha a sorte de ter os avós por perto) é preciso ser creativo com os pequenos. A cultura do trabalho e a mentalidade em que facilitar a vida das maães ainda está no futuro infelizemente ...longe.
    bjs
    bom fim de semana Sonia
    Mary

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  11. Aqui nos Estados Unidos passa-se a mesma coisa. Mas a escolaridade só é obrigatória aos 5/6 anos. A licença de maternidade é que é só de 6 semanas (em instituições estatais ou federais).

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  12. eu pago 300Euros por 5 dias e acho caro
    :-)))

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  13. Boa noite, não fazia ideia que em pleno seculo XXI isto ainda aconteça em paises como a holanda. Surgiu-me uma oportunidade de trabalho na holada e o que me está realmente a preocupar é mesmo a minha filha de 20 meses. Será que existem creches para ela, como encontrar os contactos. Estou farta de procurar e não encontro nada de nada. Se alguém me puder ajudar mandem informações para rec.varios@gmail.com

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